A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que, por conta da pandemia, cerca de 117 milhões de crianças no mundo ficarão sem vacinas para doenças consideradas já controladas no Brasil, como por exemplo o Sarampo, aumentando, assim, a probabilidade de ressurgimento dessas doenças. O mesmo pode acontecer com os pets, já que, por conta do distanciamento social, alguns tutores não estão levando os animais às clínicas para cumprir o calendário vacinal.

A veterinária Adriana Souza dos Santos, clínica geral da Amavet, alerta que o atendimento é primordial para o bem-estar dos animais e seguro para os tutores, desde que a clínica cumpra os protocolos recomendados pelas autoridades governamentais. “Mesmo animais criados sem acesso à rua -como é o caso de alguns gatos que vivem em apartamentos ou casas teladas- precisam de reforço anual, já que as doenças virais podem facilmente ser carregadas para dentro de casa, sem falar no risco de contaminação por via aérea”, explica.

A profissional aconselha que o tutor aproveite a ida ao veterinário para já aplicar as duas vacinas: antirrábica, que é contra a raiva, e a V10 (no caso dos cães) ou V4 (no caso dos gatos). “A vacina déctupla canina é uma das principais formas de imunização para os cachorros, pois protege contra dez vírus distintos em sua composição: parvovirose, coronavirose, adenovirose, parainfluenza, hepatite infecciosa canina e quatro tipos de leptospirose. Já a quádrupla felina evita panleucopenia, rinotraqueíte, calicivirose e clamidiose, doenças que atacam o sistema respiratório, intestinal e/ou ocular dos felinos”, diz. “Vale ressaltar ainda que os filhotes que estiverem no início do protocolo vacinal não devem receber dois imunizantes no mesmo dia, pois devem respeitar períodos de espaço entre uma vacina e outra de acordo com o parecer do veterinário”, adverte.

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