As consequências da pandemia do COVID-19 ainda estão sendo sentidas no mundo todo e esse impacto pode ser visto na queda de doações de sangue. Em 2021, o suprimento de sangue dos Estados Unidos ficou perigosamente baixo, sendo anunciado pela Cruz Vermelha americana uma crise nacional de sangue pela primeira vez na história. A organização humanitária viu um declínio de 34% em novos doadores naquele ano. Já no Reino Unido, em outubro de 2021, o centro de sangue e transplantes do sistema de saúde público britânico (NHS) também acendeu um alerta depois de o suprimento ter caído para níveis críticos.
Essa queda não aconteceu apenas no exterior, o Brasil também vem sofrendo com os impactos da pandemia. Segundo dados do Ministério da Saúde, houve uma queda de 10% nos estoques de sangue do país. Isso é extremamente preocupante, pois outras doenças, que necessitam de transfusões de sangue, continuam existindo apesar da pandemia.
Além da própria Covid-19, temos os pacientes com câncer, bebês prematuros nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs), gestantes que podem sofrer intercorrências durante o parto, pacientes crônicos, pessoas com anemia falciforme, entre outras doenças que necessitam de sangue.
Mesmo com o percentual de doadores dentro da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dra. Camila Gonzaga, médica hematologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), explica que é necessário aumentar esse número. “De acordo com dados do Ministério da Saúde, 16 a cada mil habitantes são doadores de sangue no país, o que corresponde a 1,6% da população brasileira. É preciso aumentar esse índice, estimulando que mais pessoas passem a ser doadores regulares. Só assim é possível manter os estoques de sangue em níveis seguros e sem precisar de restrição de liberação de sangue”.
Dra. Camila Gonzaga, médica hematologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS)
A especialista ainda ressalta sobre os motivos que levam pacientes oncológicos a precisarem do procedimento, especialmente os com a necessidade de suporte hemoterápico, o que é bastante comum. Dentre os principais motivos para receber sangue durante o tratamento oncológico estão:
- Perdas sanguíneas durante procedimentos cirúrgicos para retirada do tumor;
- Estar em tratamento de quimioterapia;
- Anemias;
- Problemas provenientes do tumor.
A doação de sangue pode salvar vidas!
Para doar sangue você deve:
- Portar documento oficial e original de identidade com foto que contenha CPF e esteja dentro do prazo de validade (RG, Carteira Profissional, Carteira de Habilitação);
- Ter entre 16 e 69 anos de idade, sendo que a primeira doação deve ter sido feita até 60 anos incompletos;
- Pesar acima de 50 quilos;
- Estar em boas condições de saúde;
- Estar alimentado, porém tendo evitado refeições pesadas (gordurosas) nas 3 horas que antecedem a doação.
Qual o intervalo entre as doações?
- Homens podem doar a cada 2 meses, até no máximo 4 vezes no período de 12 meses;
- Mulheres podem doar a cada 3 meses, até no máximo 3 vezes no período de 12 meses.
Você pode fazer a diferença:
· Envolva-se divulgue entre seus amigos e familiares a importância da doação de sangue.
· Reúna um grupo de pessoas, organize e agende a data de sua campanha de doação de sangue.
Para atendimentos e consultas com especialistas em psicologia, hematologia e oncologia, o IOS (Instituto de Oncologia de Sorocaba) localiza-se na Avenida Comendador Pereira Inácio, n° 950 – Jardim Vergueiro e realiza agendamentos pelo telefone (15) 3334-3434.