De acordo com o último censo realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2014 a procura pelo aumento da mama com implantes de silicone era de 22,5%, já em 2018 esse número reduziu para 18,8%. Em contra partida, o número de mastopexia, também conhecido como “autoprótese”, saltou de 9,8% para 11,3%.

A procura por cirurgias plásticas permanecem em alta, colocando o Brasil e os Estados Unidos, como responsáveis por 28,4% do total dos procedimentos estéticos realizados no mundo, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS).

Desta forma, a “autoprótese” vem se tornando uma alternativa para os pacientes interessados em realizar procedimentos na mama, a fim de remodelá-las, “aumentá-las” ou levantá-las, sem a necessidade de um implante.

O cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), Dr. Arthur Barros, explica que o procedimento da “autoprótese” é indicado nos casos de flacidez ou redução mamária, ou seja, em casos nos quais a pessoa tem volume suficiente, porém mal distribuído.

“O grande diferencial deste procedimento é que, em muitos casos, substitui a necessidade de prótese para melhorar a consistência e a flacidez das mamas. Os riscos também são menores, porque não é introduzido um implante de silicone que acrescenta maior possibilidade de complicações, além de não necessitar a troca dos implantes entre 10 a 15 anos”, esclarece o cirurgião.

Dr Arthur Barros é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica com mais de 30 anos de experiência.

A professora Alzenir Oliveira de Souza teve implantes mamários por 10 anos. Recentemente, passou por uma nova cirurgia para manter a estética dos seios sem ter que colocar novas próteses. Então, optou pela técnica da “autoprótese” e se sente satisfeita com o resultado.

“Eu optei por este procedimento, pois já fazia 10 anos que eu estava com implantes, e já estavam me incomodando. Apesar de não ter receio em colocar novamente, preferi não fazer”, conta a paciente. “Adorei o resultado, ficou ótimo. Até parece que estou de próteses. Minha recuperação foi super rápida, estou muito satisfeita”, comemora.

O motivo do resultado da “autoprótese” ficar semelhante ao do silicone, é o aproveitamento da parte de baixo das mamas, que geralmente está caída, fazendo uma reestruturação semelhante a uma prótese, que é fixada ao músculo peitoral maior e sustentada por uma faixa muscular. “Desta forma, temos um tecido submetido a uma força que a cada contração do músculo, eleva as mamas e auxilia sua sustentação”, explicar Dr. Arthur.

O especialista faz um adendo para destacar que este procedimento não aumenta o volume das mamas, apenas dá a impressão de volume. “A “autoprótese” dá a impressão de que as mamas estão maiores, pois eleva a parte caída sem retirar tecido, apenas pele. Isso faz com que elas sejam modeladas em uma posição mais alta, proporcionando mais colo”, salienta.

Para Alzenir, este aspecto foi ótimo, pois manteve a aparência que ela queria e ainda diminuiu o peso das mamas. “Ao retirar os implantes e fazer a “autoprótese”, esteticamente falando, não houve alteração nenhuma, mas, de imediato, notei a sensação de leveza. A retirada das próteses me deixou com uma sensibilidade trivial e retirou um peso, que eu não percebia que carregava até então!”, diz.

O cirurgião plástico conta ainda que muitos pacientes ficam na dúvida sobre este procedimento, pois acreditam que, ao utilizar o tecido natural, os seios “cairão” mais rapidamente do que a mama com prótese de silicone. “Isso é lenda! A prótese de silicone tem seu peso, que também traz a mama para baixo. A força da gravidade associada à qualidade dos tecidos mamários (com predomínio de gordura), e o tipo de pele que pode ser mais ou menos flácidos, é que determina a queda das mamas”, finaliza o cirurgião plástico.

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