Massagem médica aos pés em um centro de fisioterapia. Fisioterapeuta feminina inspecionando seu paciente.

Novembro é o mês de conscientização do Diabetes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), uma média de 25% dos pacientes diabéticos terá, ao menos uma vez na vida, feridas nos membros inferiores, decorrentes de complicações, aos quais 50% acabam infeccionando. Essa doença é muito silenciosa e já atinge cerca de 16 milhões de brasileiros.

A dificuldade de cicatrização de feridas causada pelo problema, pode levar a um quadro chamado pé diabético. A angiologista, cirurgiã vascular e presidente da SBACV do Maranhão, Dra. Roberta Campos, explica que uma das principais manifestações da doença é cutânea. “Na pele, ocorre a perda da inervação das glândulas sudoríparas e, consequentemente, da oleosidade natural, levando ao ressecamento e rachaduras que são potenciais focos de infecção”, esclarece. Formigamento e a deformação dos ossos dos pés, que dificultam a mobilidade, são outros sinais importantes do desenvolvimento do pé diabético.

De acordo com a especialista, é possível realizar o autoexame para evitar o quadro. “Colocando um espelho no chão para observar a face plantar do pé. Lembrando que os pacientes diabéticos podem ter retinopatia associada, que prejudica a visão. É mais seguro que um acompanhante faça a inspeção diária do pé do paciente diabético”, ilustra.

A doutora Roberta afirma que existem três pilares fundamentais para a prevenção e tratamento do pé diabético.

  1. Avaliação frequente dos pés: o autoexame diário é importante para detectar micoses, escoriações e úlceras.
  2. Higiene: lavar diariamente os pés, com sabão não abrasivo, secar muito bem e hidratar. Manter as unhas aparadas, sempre em corte reto;
  3. Cuidados especiais: é muito importante secar entre os dedos para evitar a proliferação de fungos e bactérias, e não utilizar cremes hidratantes nessa região. Evitar, também, qualquer tipo de situação que possa, de alguma forma, machucar os pés, como andar descalço.

O acompanhamento médico, inclusive da especialidade vascular, é extremamente importante, mas, muitas vezes, é negligenciado. “Quanto mais precoce e adequado for o tratamento da úlcera, maiores serão as possibilidades de sucesso e menores os riscos de amputação. Aproximadamente 85% de todos os desfechos desfavoráveis poderiam ser reduzidos com práticas de educação e intervenção precoce no início das complicações”, alerta a Dra. Campos.

Médicos associados da SBACV têm acesso diferenciado a cursos de aperfeiçoamento profissional, informação técnica, atualização científica e educação continuada. Para mais informações sobre outras doenças vasculares e para encontrar um médico associado da entidade, acesse www.sbacvsp.com.br.

 

A SBACV 

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) é uma associação sem fins lucrativos, que visa a defender os direitos de seus profissionais, médicos e residentes, especialistas em saúde vascular. Além disso, tem como objetivo incentivá-los à produção científica, aprofundando as pesquisas nas áreas de Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Angiorradiologia e outras modalidades.

A entidade trabalha com uma política alinhada aos valores da AMB (Associação Médica Brasileira) e do CFM (Conselho Federal de Medicina) a fim de conduzir a instituição de maneira ética, sempre valorizando as especialidades médicas em questão. Atualmente, conta com 23 associações regionais espalhadas por todo o Brasil.

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