Em maio, a paraibana Juliette Freire recebeu 90,15% dos votos e saiu do Big Brother Brasil 21 como a grande campeã, levando para a casa o prêmio de R$ 1,5 milhão. Menos de um mês depois, o Brasil reconheceu um novo vencedor: Gilberto José Nogueira Júnior, o Gil do Vigor. Não. O prêmio não mudou de mãos, mas, segundo as estimativas, o pernambucano já faturou, em publicidade, cerca de R$10 milhões – quase sete vezes o valor da premiação. O sucesso financeiro veio atrelado a uma estratégia corporativa que não é novidade, mas ainda precisa ser bem explorada: o marketing pessoal.
“A construção de uma marca pessoal é um componente que une conhecimento, habilidade e ousadia”, avalia Paulo Paiva, empresário e diretor executivo da Contexto Gestão Empresarial, empresa especialista em comportamento humano e organizacional. “Gil é um grande exemplo desse pensamento. Onde tudo e todos são aparentemente iguais, ele conseguiu se destoar do ‘senso comum’ e gerar autenticidade”, lembra o especialista.
Marketing pessoal não é tarefa de ex-bbb
A gestão de marca apresentada por Gil – e impulsionada pela exposição diária na maior emissora do país – o transformou em um milionário em poucos dias. Mas isso não significa que o marketing pessoal deve ser aplicado somente para quem participa de um programa de televisão. Na verdade, planejar bem a sua imagem é fundamental para qualquer profissão – e isso não significa que é uma tarefa fácil.
A construção de uma marca pessoal forte, envolve aspectos de diferentes áreas, alinhando o conhecimento técnico ao comportamental. “Não basta ser conhecedor de algo. Não basta ser bonito ou bonita. Não basta se comunicar bem. É necessário um conjunto de atributos alinhado a uma necessidade de mercado”, esclarece o consultor, que completa. “O mais interessante é que é totalmente possível garantir a organização de ideias, informações e pesquisas para manter, ou potencializar, a marca de uma empresa ou pessoa.”
Um aspecto que precisa ser levado em consideração é a experiência e o cuidado. Assim como tudo, no marketing, também se leva anos para construir uma imagem positiva, porém, basta um deslize para destruí-la; e na gestão de marca pessoal, esse conceito também é válido. Na proposta de passar uma noção de autoridade e originalidade, o excesso pode arranhar a imagem do profissional.
Comece a vigorar na carreira
Não existe uma fórmula mágica capaz de potencializar o marketing pessoal. Na verdade, esse é um trabalho personalizado que parte do objetivo de cada profissional. Porém, algumas dicas são universais:
– Qualifique-se: marketing pessoal vai além da parte técnica, é verdade, mas você também precisa estar afiado com as novidades da sua área
– Melhore a comunicação: não adianta ter uma ideia e não expressá-la corretamente. Falar bem, e com clareza, é fundamental para aumentar a visibilidade
– Cuide do seu visual: uma aparência bem cuidada é fundamental para construir a imagem que as pessoas fazem a seu respeito. Além disso, é preciso estar alinhada com a cultura organizacional da empresa. Você reparou como o seu líder veio vestido hoje?
– Seja simpático: ser agradável e querido pelas pessoas é, talvez, a coisa mais importante para vários aspectos da vida. No trabalho, não é diferente.
– Aprimore sua presença virtual: hoje, além do mundo real, é fundamental tomar conta das redes sociais. Mostrar um pouco da rotina, principalmente, das conquistas no ambiente profissional. Cuidado para que situações de lazer não se tornem prejudiciais.
– Monte uma rede de contatos: de nada adianta ter uma boa imagem pessoal se as pessoas certas não tiverem acesso. Contar com uma rede de contatos relevantes é fundamental para o sucesso.
Os próximos anos serão marcados por um intenso movimento no mercado de trabalho, e os profissionais que souberem se destacar devem crescer na carreira. Não deixe as oportunidades escaparem. Mesmo que você não seja o grande vencedor do jogo, ainda é possível ter muito sucesso.