Especialistas apontam que o jornalismo em quadrinhos é uma importante ferramenta inclusiva e estimula o consumo de notícias

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De acordo com a 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, 52% dos brasileiros são leitores assíduos. A maioria desses leitores possui a faixa etária de 11 a 24 anos. A fim de identificar os leitores consumidores de notícias, a Universidade Federal Fluminense realizou a pesquisa “Juventude e consumo de notícias: comportamento geracional e hábitos culturais”, a qual apontou que 89,4% preferem o acesso às notícias sob a forma de texto, embora 59,1% demonstram interesse no acesso via fotografia e 33,3% no formato da infografia.

Agora, imagina que promissor ter um estilo de jornalismo que abranja essas exigências dos leitores? Pois é, esse estilo já existe! O jornalismo em Quadrinhos.

Para o jornalista Wellington Torres, o Jornalismo em Quadrinhos funciona como a narrativa gráfica da realidade, podendo ser uma ferramenta importante para atrair novos leitores. “Não apenas isso, mas também acredito que o Jornalismo em Quadrinhos facilite a compreensão de pautas difíceis. O aborto, por exemplo, é um assunto que foi tema de muitas matérias e reportagens, mas em um texto corrido o leitor pode ficar disperso e não dar a devida atenção. Já no formato da HQ (História em Quadrinho), isso é muito difícil de acontecer, pois as pessoas estarão mergulhadas naquela narrativa, sendo envoltas pela parte gráfica e textual”, explica o jornalista.

Wellington Torres, jornalista amante do formato HQ.

Desta forma, o Jornalismo em Quadrinhos tem um grande potencial no que diz respeito à cognição. A professora doutora Lilian de Fatima Zanoni Nogueira, docente do curso de Terapia Ocupacional e outros programas de graduação na área da Saúde da Universidade de Sorocaba, afirma que os recursos gráficos auxiliam no processo de assimilação de informações complexas, sendo também um recurso de inclusão e de grande utilidade para o desenvolvimento de pessoas com algum tipo de deficiência cognitiva ou déficit de aprendizagem.

 “A linguagem visual tem um processamento cerebral diferente, possibilitando uma aprendizagem mais direta. Pessoas com dislexia, disgrafia ou distúrbios de aprendizagem, por exemplo, possuem maior facilidade para detalhar verbalmente as informações que obtêm a partir de um recurso gráfico do que aquelas obtidas por meio do texto corrido”, comenta Lilian.

Jornalista lança livro sobre o tema

Com o objetivo de explorar esse estilo jornalístico e todo o seu potencial, o jornalista Wellington Torres lança o livro “Jornalismo em Quadrinhos: Entre o lead e a Narrativa gráfica”, o qual tem como objetivo oferecer aos profissionais e estudantes da área da comunicação, a possibilidade de conhecer e entender outro formato de se produzir jornalismo. Assim como, também visa desmistificar a ideia de que Histórias em Quadrinhos são feitas somente para crianças.

O livro em formato e-book, já está disponível para pré-venda na Amazon.

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