Do nascimento à terceira idade, os enfermeiros têm importante papel no cuidado com as pessoas. Em 12 de maio, comemora-se mundialmente o Dia Internacional da Enfermagem e o Dia do Enfermeiro. O Brasil tem, hoje, mais de 560 mil enfermeiros, conforme o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). São profissionais engajados em prestar assistência ao próximo e garantir a saúde de todos.
Um exemplo é Thaís Muniz, de 41 anos, gerente de enfermagem do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES). Enfermeira há 15 anos e integrante da equipe do HES há dois, ela escolheu a profissão justamente porque “cuidar do próximo é o seu dom”, afirma. “Amo ter contato com pessoas e cuidar delas”, ressalta.
O cuidado é uma das principais funções do enfermeiro, informa Thaís. Segundo ela, o profissional presta todo o auxílio ao paciente, desde o momento da chegada ao hospital até a conclusão da terapêutica. Nesse processo, assiste o doente diante da necessidade de medicação, tratamentos específicos, internação e possíveis cirurgias. O atendimento é sempre individualizado, de acordo com as necessidades específicas de cada pessoa. A humanização do auxílio é o fio condutor do trabalho de todos os profissionais do HES, e não seria diferente com a equipe de enfermagem. Esse modelo assistencial assegura atenção pormenorizada a cada caso. “O enfermeiro realiza exame físico no paciente, no momento de sua entrada no hospital. Depois, faz o diagnóstico e a prescrição de cuidados para as 24 horas necessárias”, explica a gerente de enfermagem. O trabalho é desenvolvido em conjunto com médicos, auxiliares e técnicos de enfermagem.
Embora tratem de doenças e situações difíceis, os enfermeiros também vivenciam diversos momentos de alegria e gratidão proporcionados pela área. O principal deles é ver o resultado do trabalho quando a pessoa se recupera. A equipe também celebra a vitória ao lado de quem se curou e recebeu alta, após árdua batalha. Na pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), os sentimentos de gratidão e de dever cumprido tornaram-se ainda mais presentes. Presenciar a volta para a casa dos pacientes curados da doença, depois de intenso tratamento e dedicação das equipes para assegurar a recuperação deles, faz Thaís se lembrar do porquê optou pela enfermagem e reforça o seu amor pela profissão. “É a coisa mais linda do mundo. A equipe chora. Quando sai um resultado de exame negativo, a gente fala: ‘Graças a Deus! Deus é muito bom’, porque a gente se envolve (com os pacientes)”, relata.
Quem também compartilha dessa emoção é Fernando Aparecido Mondin, 32 anos, supervisor de enfermagem do hospital. Ele se tornou enfermeiro ao perceber sua capacidade de se dedicar para cuidar do próximo. “Ser enfermeiro é ser o profissional mais próximo do paciente, ter o comprometimento do bem-estar dele e de sua família”, pontua. Fernando destaca, ainda, a significativa atuação dos enfermeiros na coordenação, planejamento e supervisão da assistência prestada por equipes de enfermagem nas áreas assistenciais, administrativas, gerenciais e educacionais.
O supervisor de enfermagem atua no HES há nove anos. Iniciou a carreira como técnico de enfermagem nos setores de internação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto. Depois, após se graduar, passou a trabalhar como enfermeiro assistencial também na UTI Adulto, emergência e internação, por três anos, até chegar à atual posição. Para ele, os requisitos de um bom profissional de enfermagem são empatia, autocontrole emocional, boa comunicação, saber trabalhar em equipe, capacidade de liderança e, sobretudo, gostar do que faz. Além disso, Thaís acrescenta a vontade de buscar, constantemente, novos conhecimentos. “Acho que uma característica é o brilho no olhar e o querer cuidar do outro”, completa ela.
Todas essas condições são necessárias porque, assim como nas outras áreas, os profissionais da saúde devem estar bastante preparados para enfrentar desafios. Afinal, lidam com vidas. O mais crucial é, exatamente, a responsabilidade de propiciar qualidade de vida às pessoas, diz Fernando. “Os desafios consistem na promoção da saúde e na prática diária dos cuidados durante o exercício das atividades, superando as dificuldades enfrentadas pelos pacientes.” Thais aponta, também, a falha no reconhecimento da profissão com o devido mérito como uma barreira a ser vencida. “Na pandemia, todo mundo reconhece o nosso trabalho, mas, infelizmente, não é sempre assim. ”
Apesar desses obstáculos, os profissionais do setor se sentem muito recompensados ao final de cada dia de trabalho. Desistir da enfermagem está longe dos planos de Thaís e de Fernando, pois, como diz ela, é uma profissão “tão linda e humana”. Segundo os dois, a felicidade de ver os pacientes recuperados, graças ao trabalho das equipes de saúde, faz todo o esforço valer à pena. “A nossa maior realização é chegar em casa e falar assim: ‘eu dei o meu melhor. Eu fiz a diferença na vida de uma pessoa e de uma família, porque, por trás de um paciente, sempre há muitas pessoas que o amam”, detalha Thais.
Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.hospitalevangelico.org.br. O Pronto Atendimento do Hospital Evangélico de Sorocaba está localizado na Rua Imperatriz Leopoldina, nº 136, no bairro Vila Jardini.