Dinamismo econômico e instituições consolidadas fazem das cidades da Região Sudeste as mais competitivas do país

Região é a que concentra o maior número de municípios no topo do Ranking de Competitividade, mas também mostra que mesmo em locais desenvolvidos há problemas a serem enfrentados

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Com uma economia dinâmica, instituições sólidas e alta capacidade de inovação, a Região Sudeste foi o grande destaque da primeira edição do Ranking de Competitividade dos Municípios, realizado pelo CLP (Centro de Liderança Pública), em parceria com a Gove e o SEBRAE, que analisa a capacidade competitiva de 405 cidades com mais de 80 mil habitantes do País. A região concentrou sete dos dez municípios mais bem colocados, incluindo os três primeiros: Barueri (SP), São Caetano do Sul (SP) e São Paulo (SP).

Além disso, o Sudeste ficou com 69 municípios entre os que tiveram os 100 melhores desempenhos. Ainda assim, a região tem seis cidades entre as 50 piores colocadas, revelando como há disparidades regionais significativas e que as cidades do Sudeste ainda têm desafios importantes a enfrentar.

Ao todo, foram analisados 183 municípios da região, o que equivale a 45,2% do total da amostra do ranking sendo, portanto, a área com o maior número de municípios no estudo, volume superior ao dobro da segunda mais presente, o Nordeste. Considerando a média dos desempenhos dos municípios da região, uma cidade do Sudeste ocuparia a posição 148 no ranking geral, acima da média das demais regiões com exceção da região sul.

Todas as cidades foram avaliadas a partir de 55 indicadores, distribuídos em 12 pilares temáticos e 3 dimensões consideradas fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos municípios brasileiros. Os pilares são: Sustentabilidade Fiscal, Funcionamento da Máquina Pública, Acesso à Saúde, Qualidade da Saúde, Acesso à Educação, Qualidade da Educação, Segurança, Saneamento e Meio Ambiente, Inserção Econômica, Inovação e Dinamismo Econômico, Capital Humano e Telecomunicações.

O grande destaque na região foi a capacidade de inovação e dinamismo econômico de seus municípios. Dos oito indicadores deste pilar, em sete deles os municípios que ficaram mais bem colocados são do Sudeste. São da região as cidades com melhor performance nos indicadores de: Recursos para pesquisa e desenvolvimento científico (São Carlos – SP); Empregos no setor criativo (Barueri – SP); Crédito per capita (Osasco – SP); PIB per capita (Paulínia – SP); Crescimento do PIB per capita (Maricá -RJ); Complexidade econômica (São Bernardo do Campo – SP) e Renda média do trabalho formal (Macaé – RJ).

Por outro lado, a região apresenta municípios com desempenhos preocupantes em alguns indicadores que reforçam como há grandes disparidades regionais e retratam a complexidade dos desafios a serem enfrentados pelos próximos gestores públicos, mesmo nas regiões mais desenvolvidas do país.

Um exemplo disso é a cidade de Maricá, no Rio de Janeiro: primeira colocada em Crescimento do PIB per capita e com ótimos indicadores fiscais (5ª colocação em taxa de investimento, 1ª colocação em despesa com pessoal e 8ª colocação em endividamento). O desempenho, porém, é em grande medida justificado por transferências, principalmente de royalties do petróleo, o que deixa a cidade na posição de número 376 no indicador de dependência fiscal.

No Estado do Rio, inclusive, estão localizadas as cidades do Sudeste com o pior desempenho geral no ranking. Os municípios de São João de Meriti (RJ), Japeri (RJ), Queimados (RJ), Belford Roxo (RJ), Magé (RJ) e Itaguaí (RJ) ficaram todos entre as 50 piores posições no ranking geral. Alguns indicadores revelam as dificuldades destes municípios, como São João de Meriti que figura em 401º lugar em taxa de investimento, 402º em despesa com pessoal e 403º em endividamento.

Mesmo o Estado de São Paulo, que é o que mais concentra municípios no topo do ranking, há exemplos de cidades que figuram nas últimas posições em alguns indicadores, como é o caso de Ubatuba, a última no indicador Despesa com pessoal e que ocupa a 402º colocação no indicador Cobertura de Coleta de Resíduos Domésticos. O município de Cubatão, por sua vez, aparece na 401º posição no indicador Crescimento da renda média do trabalho formal.

O levantamento tem o objetivo de mostrar como a competição no setor público é um elemento fundamental à promoção da justiça, equidade e desenvolvimento econômico e social dos municípios para garantir serviços públicos de mais qualidade à população.

“Depois de nove edições do Ranking de Competitividade dos Estados decidimos ampliar a análise competitiva da gestão pública também para a esfera municipal. Os recém-eleitos podem obter um amplo mapeamento dos desafios, direcionando, de forma mais precisa, a atuação das lideranças municipais para planejamento e atuação para aquilo que é prioritário. Na outra ponta, além de atrair novas empresas, também é uma ferramenta para cidadãos avaliarem e cobrarem de forma eficiente o desempenho dos formuladores de políticas públicas”, afirma Tadeu Barros, diretor de Operações do CLP.

O evento será transmitido pelas redes sociais da TV Estadão e da TV Cultura , nesta quinta-feira, 19, às 9h30 e vai contar com a participação do fundador do CLP, Luiz Felipe d’Avila; do secretário do Tesouro, Bruno Funchal; do deputado Geninho Giuliani (DEM-SP); entre outros convidados. A mediação dos debates será comandada pela jornalista e apresentadora Renata Simões. Assista neste link: https://rankingdosmunicipios.clp.org.br

Para conferir todas as informações sobre a região Sudeste no Ranking de Competitividade dos Municípios, acesse: https://competitividade.clp.org.br/.

Sobre o Ranking de Competitividade dos Municípios

O Ranking de Competitividades dos Municípios é realizado pela primeira vez pelo CLP (Centro de Liderança Pública), em parceria com a Gove Digital e o SEBRAE.

O levantamento apresenta os resultados detalhados de 405 municípios do País com mais de 80 mil habitantes. O ranking se baseia em 55 indicadores, distribuídos em 12 pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública das cidades brasileiras: Sustentabilidade Fiscal, Funcionamento da Máquina Pública, Acesso à Saúde, Qualidade da Saúde, Acesso à Educação, Qualidade da Educação, Segurança, Saneamento e Meio Ambiente, Inserção Econômica, Inovação e Dinamismo Econômico, Capital Humano e Telecomunicações.

Sobre o CLP (Centro de Liderança Pública)

O CLP (Centro de Liderança Pública) é uma organização suprapartidária que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes públicos para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil. Há 12 anos, defende um Estado Democrático de Direito eficiente no uso de seus recursos e constituído sobre princípios republicanos.

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