Daniel Cajal e Luigi Cani. Foto: divulgação.

Daniel Cajal, videomaker especializado em esporte radicais, revela todo o planejamento envolvido no projeto arco e flecha humano, em que o paraquedista Luigi Cani bateu recorde mundial ao saltar de 281 m de altura a 55km/h

O paraquedista Luigi Cani, famoso por suas performances aéreas, bateu o seu décimo segundo recorde mundial no dia 20 de Março e rendeu imagens impressionantes. O arco e flecha humano chegou a ser exibido no programa Caldeirão do Huck, da TV Globo. Luigi saltou do prédio mais alto do Brasil, com 281m, em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Ele atingiu uma velocidade de 55km/h. As imagens estão disponíveis no canal de Daniel Cajal, o videomaker responsável pela filmagem. Cajal também é paraquedista e é especialista em captação de imagens de esportes radicais. Ele revela que os bastidores deste feito foram tensos e que exigiram planejamento de um ano. O projeto incluiu desde a confecção dos equipamentos, criados especialmente para esta ocasião, até o posicionamento ideal das câmeras, de forma que nenhuma ficasse na rota de passagem ou prejudicasse a abertura do paraquedas, e o monitoramento meteorológico. “Somente alguém muito especializado poderia fazer esta captação, pois o posicionamento das câmeras para obter as melhores imagens de maneira segura foi milimetricamente calculado”, explica Cajal.

 

Além dos riscos naturalmente envolvidos no base jump, quando o paraquedista salta de um ponto fixo, o arco e flecha humano impôs mais desafios. “Em um salto de paraquedas normal há o paraquedas reserva para emergências, como twist, quando enrolam as linhas, ou line-over, quando uma linha vai para cima do paraquedas, mas no base jump não há este reserva”, explica o videomaker. Associado a isso, tem o fato de que nesta modalidade o paraquedas abre mais rapidamente e, no caso no projeto do arco e flecha humano foi realizado um lançamento em alta velocidade de Luigi, o que poderia causar lesões na coluna e nas articulações se ele não estivesse com o condicionamento físico adequado. Junto a isso, teve o posicionamento das câmeras. Daniel Cajal é embaixador da GoPro no Brasil e, justamente por dominar esta tecnologia, ele sabia quais cálculos seriam necessários para obter as melhores imagens sem prejudicar a performance de Luigi.

 

O videomaker destacou que não seria possível alguém voar junto para filmar, então a solução encontrada foi posicionar uma câmera no capacete do atleta. “Foi necessário encontrar o ângulo perfeito, de forma que não houvesse contrapeso que puxasse a cabeça dele para os lados ou para baixo, o que causaria lesões no momento do lançamento”, explicou Cajal. Como paraquedista, Daniel Cajal usou sua experiência e desenvolveu um suporte especial para posicionar uma GoPro Max no capacete de Luigi para captar imagens pelo melhor ângulo, como se alguém estivesse voando com o saltador. O equipamento foi posicionado um pouco acima do capacete, levemente acima da linha dos olhos.

 

Se não bastassem todos estes detalhes, ainda havia uma equipe especialmente para monitorar os aspectos meteorológicos. “Este é um projeto que envolve muitos riscos, se chovesse ou os ventos estivessem desfavoráveis, teríamos que cancelar”, lembra Cajal. Ainda havia resgate à disposição, pois mesmo com todos os cuidados minuciosos, é crucial nestas ocasiões haver profissionais de prontidão para emergências. No entanto, nada disso foi necessário, todos deram sorte: apesar dos dias chuvosos, o tempo melhorou por um instante e foi possível realizar o salto. Uma janela de tempo que surpreendeu a todos. “Uns três minutos depois do salto começou a chover e não parou mais, acho que o universo conspirou a nosso favor diante de tanta dedicação”, brinca o videomaker.

 

Quem é Daniel Cajal

 

Daniel Cajal é videomaker, professor desta área e embaixador oficial no Brasil da GoPro. Já foi patinador e hoje é paraquedista, vídeos de esportes radicais são a sua especialidade, já que faz estas produções desde a década de 1990. Nas redes sociais, ensina seus milhares de seguidores sobre a produção de vídeos com diversos aparelhos, sendo a GoPro sua favorita. Ainda é dono da produtora Milkie Studios, que tem clientes como Subway, Samsung, Sky e Rock In Rio. Daniel viaja por diversos países para suas produções, tanto à frente de sua produtora, quanto para as melhores imagens em suas aventuras esportivas.

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