A CPI da Enel aprovou nesta quarta-feira (8) as convocações do presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, e do executivo que ocupa cargo homônimo na empresa em São Paulo, Max Xavier Lins. A decisão convocatória também atinge a diretora de Sustentabilidade da Enel Brasil, Marcia Massotti.
Os executivos da multinacional italiana terão de comparecer perante o colegiado para depor na condição de testemunhas. Isso torna obrigatório o comparecimento, sob risco de condução coercitiva. O primeiro depoimento será de Lins, na terça-feira (14), às 9h30. Já Cotugno e Massotti, deverão ser ouvidos na quinta (16), no mesmo horário.
A investida dos deputados mirando a cúpula da Enel ocorre na esteira do apagão elétrico que prejudicou milhões de paulistas desde que uma tempestade atingiu principalmente a capital na última sexta (3). Até o momento, oito mortes foram registradas em virtude do temporal que provocou queda de árvores e muros.
No caso da convocação de Lins, o deputado Thiago Auricchio (PL), que preside a CPI, e outros três parlamentares haviam protocolado requerimentos querendo ouvir o executivo sobre a apuração de possíveis irregularidades e práticas abusivas cometidas pela Enel na prestação de serviços de fornecimento de energia elétrica.
Já Cotugno e Massotti, a princípio, seriam convidados por iniciativa de Guilherme Cortez (Psol). O convite, no entanto, transformou-se em convocação após Sebastião Santos (Republicanos) defender que a obrigatoriedade do comparecimento fortalece o trabalho investigativo da CPI.
Reguladores convocados
A pedido do deputado Carlos Giannazi (Psol), os membros da CPI também convocaram o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval de Araújo Feitosa Neto, e o presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Marcus Vinicius Vaz Bonini.
Anteriormente, o diretor da autarquia federal já havia sido convidado pela CPI. Por ser convite, Neto optou por não comparecer.
Prefeitos
Outro requerimento de Cortez, visando convidar o prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB), acabou passando por uma modificação após acordo mediado pela relatora da CPI, Carla Morando (PSDB). O convite será estendido a prefeitos de 24 municípios que fazem parte da Região Metropolitana de São Paulo e cujas cidades são atendidas pela Enel.
Os deputados querem ouvir a opinião dos gestores municipais sobre a eficiência do serviço da Enel.