Matheus Batista - Foto: Reprodução Rede Alesp

O secretário de Estado da Saúde, Jean Carlo Gorinchteyn, afirmou nesta terça-feira (25/5), durante prestação de contas à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que o governo estadual comprou 1 milhão de testes rápidos para a Covid-19 e 9 milhões de kits entubação.

Os testes rápidos podem detectar a presença do coronavírus em até 1 hora, diferente dos testes RT-PCR, que podem levar até cinco dias para o resultado. Isso vai permitir maior controle e rastreabilidade do vírus, além de oferecer atendimento médico adequado, podendo evitar a evolução para o estágio grave da doença.

“É um problema operacional. Muitas regiões têm um tempo de fornecimento dos resultados de até 9 dias. Isso é ruim porque perco a possibilidade de agilizar o rastreio. Nós precisamos de testagens muito mais rápidas e amplas”, disse.

Já os kits de entubação serão destinados a 369 hospitais do Estado que são referências no tratamento da Covid-19. Essa quantidade garante ao menos três meses de atendimento a pacientes na condição. Os suprimentos devem chegar entre os meses de junho e julho. Segundo a secretaria, atualmente são usados 3,5 milhões de kits por mês no Estado.

Ao falar sobre o aumento de casos da Covid-19 registrados no último levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, Gorinchteyn afirmou que não há circulação da nova variante indiana em São Paulo e que o governo tem trabalhado para que todos os possíveis casos sejam rastreados.

“Temos dentro de nossa rede de testagem, 13 laboratórios do Instituto Adolfo Lutz e mais 16 laboratórios de apoio, incluindo o Butantan. O Estado de São Paulo é o Estado que mais testa”, disse o secretário, ao falar que já foram realizados mais de 3,2 milhões de testes RT-PCR pelos laboratórios da rede estadual.

 

Estratégia

 

Ao início da reunião, Gorinchteyn falou sobre as estratégias da secretaria para o abastecimento do kit entubação e o uso da plataforma MedCovid-19. Lançada em 2020, a ferramenta é utilizada exclusivamente para o monitoramento dos medicamentos que compõem o kit nos hospitais incluídos no Plano Estadual de Contingência da Covid-19.

O secretário assumiu que o abastecimento dos medicamentos necessários para a internação de pacientes contaminados pelo vírus foi aquém do necessário e culpou também insucessos em compras nacionais para esse fornecimento. “As compras nacionais foram infrutíferas, fomos obrigados a compor compras internacionais junto aos municípios”, disse.

 

Contas

 

A audiência foi conduzida pela nova presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputada Patrícia Bezerra (PSDB).

Durante sua apresentação, o secretário Jean Carlo Gorinchteyn levou aos parlamentares o balanço da Secretaria de Estado da Saúde, principalmente sobre o controle da pandemia de Covid-19.

Para os novos integrantes da comissão que foi formada para o biênio 2021-2022, o secretário começou mostrando qual a atual estrutura hospitalar e médica que está à disposição da população em São Paulo: 98 hospitais, 82 ambulatórios e 20 unidades de reabilitação, ocupados por 168.879 profissionais de saúde, sendo 40% desses de Organizações Sociais de Saúde (OSS), 34% universitários e 24% da Administração Direta. Os 2% restantes fazem parte de outras ocupações.

A aplicação de recursos na Saúde foi, segundo a pasta, de R﹩ 28,7 bi no primeiro bimestre de 2021.

Já entre as ações de controle a Covid-19, a secretaria implantou 6.721 novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva, que somados aos 3.629 leitos UTI já existentes pré-pandemia, totalizaram 10.350 leitos disponíveis.

No entanto, o último balanço realizado pelo governo estadual nesta segunda (24/5) mostrou que 80,2% desses leitos estão ocupados e São Paulo já soma 3.192.727 casos registrados e 107.677 óbitos pela Covid-19.

 

Vacinação

 

Ao final, o secretário mostrou as informações sobre a vacinação no Estado e as perspectivas para os próximos meses. Até o momento, 16.102.887 doses foram aplicadas em São Paulo. Sendo 24% da população vacinada com a primeira dose e 12% com a primeira e a segunda dose de um dos três imunizantes disponíveis no Estado: Coronavac/Butantan, Astrazeneca/Oxford e Biontech/Pfizer.

O cronograma atual pretende vacinar até o dia 28 deste mês, 760 mil pessoas com Deficiência Permanente (BPC) e pessoas com comorbidades de 40 a 44 anos.

 

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